Contratar um “laudo de ergonomia”, receber centenas, até milhares de páginas, não conseguir sequer entender o que foi produzido e engavetar sem produzir dados, métricas e ações efetivas para eliminar e mitigar riscos e melhorar condições de trabalho é uma realidade comum em milhares de empresas.
Se você não passou por isso em um departamento de Segurança do Trabalho saiba que é uma exceção! Agora, se você já vivenciou essa situação, esse conteúdo é destinado a você!
Tenho Análises Ergonômicas, mas não faço a gestão adequada
O case que abordaremos começa com a contratação da ElevaLife para desenvolver AETs (Análise Ergonômica do Trabalho) em uma fábrica, de grande porte, com mais de 1.200 trabalhadores, do ramo de soluções completas de higiene e limpeza.
Não diferente de qualquer outra empresa, até alguns anos atrás a Gestão de Ergonomia era internalizada e realizada pelos profissionais do time de Segurança do Trabalho, através do Plano de Ação tabulado entregue juntamente com as AETs, o que facilitou bastante o andamento das ações mais críticas.
Após alguns anos de prestação de serviços pontuais realizadas por nossa equipe, havia chegado a hora de iniciar a Gestão de Ergonomia na unidade, com um profissional dedicado a “vivenciar” o dia a dia, a cultura, os relacionamentos e os desafios de nosso cliente de perto.
Desafio: Como fazer a gestão de ergonomia fazer parte da gestão de riscos da empresa
Levantando o histórico do que havia sido realizado na empresa constatamos que não foram poucas as tratativas de Ergonomia, porém elas acabavam perdendo força e ficavam em stand-by por falta de tempo de atuação pela equipe de Segurança do Trabalho nas ações.
Haviam algumas ações concluídas nos anos anteriores, porém nada realizado sistematicamente.
No início do processo, a unidade foi avaliada com pontuação abaixo de 60% de atendimento ao standard, onde fizemos a identificação dos requisitos e o planejamento para a implantação e atendimento aos itens do standard, tais como:
Requisitos legais;
Identificação de tarefas e equipamentos críticos;
Plano de melhorias e gestão;
Treinamento para diferentes níveis hierárquicos e funcionais;
Planos para redução de incidência de DORT.
Objetivo: Realizar a Gestão em Ergonomia e concluir o Plano de Ação apontado na AET (Análise Ergonômica do Trabalho).
Solução: Criar um programa de Gestão específico para a Unidade.
O primeiro momento foi dedicado para reconhecimento e planejamento, em resumo, seguimos o seguinte fluxo para implantação da Gestão de Ergonomia:
Implementação
Resultado: De 5 a 65% de ações implantadas e a Gestão de Ergonomia em pauta na organização.
Todo projeto precisa ser estruturado e organizado desde o início, dessa forma, iniciamos com a revisão e validação das análises ergonômicas que a unidade já possuía, para verificar a necessidade de atualizações ou se a AET iria se manter.
A fase 1 (Pré-análise), validação e identificação das necessidades de atualização, foi completa dentro dos primeiros 3 meses de contrato.
As atualizações das análises ergonômicas são realizadas após o processo de validação das análises que já existiam, fundamental construirmos o cenário de diagnóstico o mais atual possível e manter atualizado.
A fase 1 (Novas avaliações) foi desenvolvida em 5 meses, com um total de 80 análises atualizadas/realizadas.
Estando todas as AET’s atualizadas começamos a etapa de preenchimento dos planos de ações, este processo foi realizado através de reuniões com as lideranças das áreas que definem quem serão os responsáveis e os prazos para a finalização das ações.
Tivemos um total de 354 ações iniciais no processo de gestão que foram validadas e atribuídas aos responsáveis com prazos determinados.
Começamos o projeto de implementação das ações com aproximadamente 5% das ações que já estavam concluídas, 18 meses depois alcançamos um total de 65% das ações concluídas.
Neste período também atuamos para atender o standard global de Ergonomia da empresa.
Em 12 meses após o início do trabalho atingimos em 100% de requisitos do standard.
Além de tudo isso, a unidade já possuía um comitê de ergonomia, mas que não funcionava da forma ideal. Com a gestão de ergonomia ElevaLife conseguimos retomar o bom funcionamento desse comitê, com os membros participando das reuniões e procurando o time de ergonomia sempre que tivesse alguma necessidade.
Além disso foram colocadas metas de ergonomia para os membros do comitê, que mudam mês a mês de acordo com a demanda da unidade e algumas são fixas durante o ano todo.
Essa participação dos membros do comitê é fundamental para facilitar o trabalho de gestão, onde o ergonomista tem um canal direto com as áreas e consegue fazer o follow-up de ações mais facilmente.
Aprendizados
Nossa atuação ainda passa por outras ações, que contribuem cada vez mais com a disseminação da cultura de Ergonomia nessa empresa como treinamentos, DS de Ergonomia, desenvolvimento de procedimentos de Ergonomia específicos para algumas tarefas críticas e a participação nos projetos de novos postos de trabalho!
Vale ressaltar aqui o apoio do time de EHS, sempre facilitando nossa comunicação e atuação, sem isso seria muito mais difícil o desenvolvimento e sucesso do trabalho.
Após 6 meses de contrato inicial, concretizamos o trabalho para as demais unidades da empresa no Brasil e seguimos atuando para ajudar a melhorar as condições de trabalho das pessoas e tornar a empresa um local cada vez mais saudável e produtivo!
Sempre que há necessidade de algum apoio da ergonomia, recebemos a demanda pelos gestores das áreas, pelos membros do comitê de ergonomia, pelos técnicos de segurança, pelo time de EHS ou até mesmo diretamente, mostrando que a cultura de ergonomia está sendo bem disseminada na unidade e todos estão abraçando o projeto.
O que torna o case dessa unidade como um case de sucesso é um projeto bem estruturado e com uma equipe de apoio muito boa por trás e o time que está em campo conseguindo estar preparado e, principalmente, bem integrado com a companhia que atua.
Conclusão
A Gestão de Ergonomia realizada por ergonomistas especializados e dedicados para este trabalho facilita a atuação efetiva no Plano de Ação, sendo possível em alguns casos, realizar a conclusão do Plano em meses, como no caso acima apontado em 12 meses após o início do trabalho, atingimos em 100% os requisitos do standard da organização.
Em resumo, essa Gestão especializada pode trazer benefícios desde a redução de lesões relacionadas ao trabalho até o aumento da produtividade e a conformidade com as leis e regulamentações relacionadas à saúde e segurança do trabalho, mas também uma melhoria na atuação efetiva nos índices e KPIs das áreas responsáveis pela Ergonomia.
Para entender mais sobre a nossa solução de Gestão de Ergonomia, método de gestão exclusivo da ElevaLife, converse com um de nossos especialistas!
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